Voltamos?
Não sei, diz-me tu.
És sempre isto. Peço respostas, dás-me reflexões.
E, ainda assim, aqui estamos. Já viste?
Sim, bem sei. És vício, sal na ferida que não deixa de arder.
Já me disseste coisas mais doces.
Já fui mais doce.
Não penses que me enganas. Ainda estás aí.
Seja.
Não fiques assim. Sabes que isso faz doer.
É escudo, é capa de gelo. Por dentro eu, a mesma.
Por isso te espero. Venham dias, meses, anos. Vou estar sempre aqui.
Sim, sei que estás. Mas não como eu queria.
Não se pode ter tudo.
Anos a ouvir essa conversa.
É verdade.
Não quero saber.
Não chega já disto? Minha querida, meu desassossego, minha perdição em flor: anda, chega-te a mim.
Aqui estou.
(De volta!)
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