Um desafio aos leitores!!

Já que umjeitomanso.blogspot.com me «anunciou» enquanto Contadora de Histórias, vamos lá pôr-me à prova! Quem se interessar, envie-me email (diazinhos@gmail.com) ou deixe comentário num dos textos, com uma palavra ou frase que me «inspire» para um próximo texto. A ver se pega e a ver se estou à altura..

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Salto em altura

Hoje o vento cheira a novo, a coisas por fazer, por experimentar.
Hoje a manhã fresca traz-me o sabor a ti e ao que estamos para ser.
Hoje fiz-me senhora do mundo e apertei no peito a luz e o som dos teus passos na minha sombra.
Hoje revelei-te mais um segredo meu, mais uma folha do meu caderno. Sentei-me empoleirada na beira de muro nenhum, deixei os pés balançarem no teu respirar na porta do meu ouvido.
Conta-me mais, disseste tu sem dizer.
E assim me calei porque não sei responder a pedidos, nem sequer a vontades de mais de mim. Se me queres ver como sou, deixa-me andar, fluir, sentar-me no teu colo, beijar-te o cabelo e ser feliz so assim.
O meu mundo é feito de coisas simples, deixa-me apenas estar e assim crescer.
Não preciso de muito, não quero tanto assim, apenas mais de ti para eu ser mais de mim para ti.
Um dia vais entender-me, vais chegar mesmo lá, ao cerne da minha questão. Mas não é hoje, hoje ainda não. Hoje ainda só me pegas como eu gosto, só me beijas como eu quero, só me deixas enleada em ti. Nao faz mal, nao te preocupes, preciso deste caminho assim. Pois, hoje nao, talvez amanha já me consigas ver a mim.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

TPM ou Mulher à beira de um ataque de nervos

Há dias assim, em que as palavras custam e os gestos ainda mais. Há momentos assim, tempos assim, em que se tem pouco quando se quer muito, em que se sente mais a falta de qualquer coisa mais, em que a sede parece interminavelmente insaciável.
Não é pouco o que queria, mas muito não é também. Queria mais um tempo de nós, mais um passo marcado bem fundo na nossa pele e na história do que vamos sendo e do que seremos, quem sabe, um dia.

Ás vezes o pouco é demasiado pouco. Ás vezes um sim, não chega.

Dói, mas também não faz mal doer. Só mostra que ainda importa, que ainda conta, que afinal é bem mais do que podia ser.

Por aqui me fico e assim me despeço de nós. Pode ser que nos encontremos outra vez. Que voltemos a ser o que um dia fomos, há não tanto tempo assim. A partir deste momento somos outros, juntos sim, a querer o mesmo tanto que sempre quisemos. Mas com uma cicatriz, uma ruga, mais uma dor de crescimento. Parto difícil este, o da nossa história.

Ainda que ainda um, somos então outros e as despedidas fazem-me sempre doer.