Um desafio aos leitores!!

Já que umjeitomanso.blogspot.com me «anunciou» enquanto Contadora de Histórias, vamos lá pôr-me à prova! Quem se interessar, envie-me email (diazinhos@gmail.com) ou deixe comentário num dos textos, com uma palavra ou frase que me «inspire» para um próximo texto. A ver se pega e a ver se estou à altura..

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mais histórias de princesas

Esta música tem uma história minha. Ele era suíço e estava em Lisboa a estudar por 6 meses. Ficou em casa de um amigo meu, num daqueles programas de intercâmbio europeus, acredito que os primórdios do Erasmus. Ele mais velho que eu 4 ou 5 anos, eu com 19 e com um namorado já há 3 anos (nestas idades, cada mês é um festejo...). Eu e o M., o suíço, rapidamente nos aproximámos e criámos uma grande cumplicidade - porque só eu e o meu namorado falávamos francês, entre o nosso gigante grupo de amigos e o inglês dele era um sofrimento. Ele tinha uma namorada linda, linda, linda na Suíça.
Um mês depois de se ter ido embora - depois de uma despedida abraçada e demorada demais; silenciosa demais - enviou-me um email com esta música. Dizia que o fazia lembrar de mim. Quando somos novos e a começar a viver este mundo dos «crescidos» todas estas coisas fazem muito sentido e marcam muito. Ele dizia que pensava em mim todos os dias, que se eu quisesse voltava, deixava a vida dele, começava uma nova cá, comigo.
Eu sempre fui muito pouco de aventuras, muita contida e certinha (tive que chegar à idade realmente adulta para descobrir o que era a liberdade em todos os sentidos), disse-lhe que não, não fazia sentido, não havia como - apesar de estar fascinada por aquele sorriso de grandes olhos azuis.
Não aconteceu e não era para acontecer; acredito que ele, tal como eu, nunca mais tenha pensado em tal coisa e que tenha ficado apenas como uma lembrança longínqua que faz sorrir.
E porquê isto hoje? Porque às vezes há esta vontade em mim de ser Princesa como nas histórias que leio às minhas crianças, de ser arrebatada e levada «feliz para sempre», vencendo todas as contrariedades e coisas más, ao som de uma música tão doce quanto esta - e porque será que agora a sinto triste? -, que alguém me cantaria baixinho ao ouvido, jurando-me que é mais feliz só por eu existir no seu mundo.


YOUR SONG
It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live
If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you
And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world
I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on
So excuse me forgetting but these things I do
You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen

terça-feira, 22 de outubro de 2013

The Wedding Day

Nós, num jardim fresco com o rio ali tão perto.
Ou então: Nós, no cimo de uma montanha carregada de verde e o orvalho ainda nas flores.
Ou ainda: Nós, na casa do moinho, todo engalanado e cheio de risos. 

O cenário não interessa.
Nós. A comunhão do que somos, das nossas mãos que não se largam, do nosso olhar um no outro.
A comunhão com os que queremos e nos querem bem.
As palavras que diremos um ao outro e aos que nos rodeiam.
As crianças a puxarem-nos pela roupa, pelo braço, pela ternura que trazemos em cada momento.
O brilho do sol do fim do dia, que tanto tanto tanto gosto. O dourado nos meus cabelos e nos teus olhos.
Música  a encher-nos e ao nosso dia, amigos que cantam e pequeninos que dançam sem parar.
Eu que danço para ti a dança prometida.
Tu que me pegas sem aviso e me levas até um canto esquecido.
Os doces da minha avó na tua boca e a mão da tua mãe a amparar-me o rosto.
As nossas palavras secretas que passam a ser de todos os nossos.
As promessas partilhadas que não têm tempo-fim.
Um dia que se faz de eternidade.
Nós dois para sempre um.
Nós .

 

domingo, 13 de outubro de 2013

Histórias de Princesas

Pés descalços na relva, o Tejo logo ali, o sol espelhado nos óculos escuros e uma brisa perfeita. A minha cidade que me apaixona cada vez mais. As minhas crianças aos saltos na relva e os seus risos que se misturam com a nossa conversa. Eu e a minha amiga.
Ela diz-me «Tenho saudades de namorar na relva, com a cabeça no colo de um apaixonado, numa tarde demorada, conversa tonta, sorrisos iguais e pontas dos dedos na pele um do outro. Tenho mesmo falta disto».
Pergunto-lhe com quem teve ela «isso». Cala-se por uns segundos. Vejo-a pensar, franzida. «Pois, realmente não me lembro de ter estado assim com nenhum dos meus amores. O que não quer dizer que não tenha estado, mas realmente não me lembro. Mas tenho muita vontade de estar assim, de coração tranquilo, da serenidade e de preferência com sorrisos das nossas crianças por perto, assim como as tuas que volta e meia te vêm besuntar com um beijo, um bocadinho de colo e lá seguem nas brincadeiras.» Sossego-a: «Não te preocupes que vai acontecer. Não penses nisso e quando menos esperares, acontece. Comigo tem sido sempre assim. Quanto menos quero, mais tenho.» E sorrio-lhe, tentando convencê-la.
Sei o que ela quer, quer viver todos os dias o amor da sua vida, em pleno. Os dias de pés descalços na relva são bons, mas são ainda melhores com o coração totalmente cheio, sem faltas, a transbordar.
Os meus miúdos correm para as duas, roubando-nos abraços, colando-nos sorrisos.
O tempo demora e o sol de Lisboa é o melhor do mundo. Isso e ter alguém que nos envia uma sms, cheio de saudades porque já estamos a demorar e nos diz sentado no nosso sofá «Anda cá».

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Para a minha querida C. de nome especial

Tenho uma amiga de nome especial. Já nos conhecemos há alguns anos - 16 já são alguns anos, não é? - e entre outras amigas e amigos que chegam e vão, aos quais se juntam uns novos de quando em vez, ela é a minha amiga especial. Por isso tenho esta sorte de poder dizer que tenho uma amiga especial de nome muito especial.
A minha amiga é pura. Puramente pura, transparente, verdadeira, genuína. Com ela não há jogos, nem segundas intenções. A minha amiga é crua, é única, é melhor que os outros. E eu acho que ela devia ter muito mais pessoas a dizerem-lhe tudo isto, muitos dias, muitas vezes ao dia.
A minha amiga está perto de mim. Esta é a minha amiga que eu quero perto. Está perto de mim enquanto cresço, quando caio e quando danço - sem falarmos sequer disso, porque às vezes não são precisas mais palavras, só momentos bons -, está perto, ao meu lado sempre que preciso e nem preciso dizer-lhe.
A minha amiga traz serenidade e sorrisos com ela, tem uma felicidade pura dentro de si.
Neste dia da minha amiga C. aqui fica, em jeito de presente, uma das minha músicas preferidas.
(Parabéns C. !!! - e desculpa por hoje não te ter dado o beijo que merecias...Daqui a uns dias lambuzo-te toda ;) e até lá, aqui fica o meu mais puro beijo virtual!) 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Wishful tihinking

Dançarmos, vestidos de sorrisos, mãos nas mãos, pés na areia molhada, as ondas a tocarem-nos de mansinho, a lua lá no alto, a estrela dos desejos tão brilhante, uma brisa quente e um momento que se quer para sempre. E esta música.
Podia ser sempre assim.