A música enchia a sala. Estava dentro de mim. No meu peito, no meu ventre, na minha cabeça, na ponta das mãos e pés. Nestes momentos toda eu sou música. Quem me dera viver assim. Com a música em todos os milimésimos de mim.
A voz rouca da fadista, o som pujante das guitarras com a orquestra. A dança eléctrica e contagiante da brasileira. As vozes de tantos num coro só, ao som das cordas e da bateria.
O poder da música. Fecho os olhos e deixo de ser uma pessoa só. Sou muitas e sou nenhuma. Saio do meu físico e vou mais além, pairando sobre o momento.
Com sorte encontro ao meu lado alguém que vive amúsica como eu, de sorriso nos lábios e tremores cá dentro. Que se enche com a música.
Ás vezes não é preciso mais que isto. Nem palavras, nem mais em que pensar. As palavras às vezes magoam, o que pensamos às vezes fere.
Sentir apenas. Ser apenas.
Amar.
E eis que, um mês e tal depois da última vez, nos volta a dar o prazer das suas palavras. Aleluia!
ResponderEliminarE que belas palavras.
A música consegue transportar-nos para um lugar lá mais em cima, onde as pequenas coisas se rarefazem.
Um beijinho, menina.
é isso mesmo, Histórias de nós, sentir apenas, amar.
ResponderEliminarA música fala por si, é um espaço onde não são precisas palavras...
Tudo flui, tudo segue o seu curso mansamente.
Beijinhos
Olinda