Dou por mim a gostar de dias de chuva. Antes não gostava; dias presa em casa, sem praia, sem rio, sem ar livre eram suplício. Mas agora sabe-me bem, estar em casa, no morno, agarrada aos meus meninos deslumbrados com a água que cai do céu. Embrulhamo-nos uns nos outros, falo-lhes com voz de mistérios e descobertas, eles atentos, de olhos bem abertos, apaixonados por mais uma novidade.
«E o vento mãe, por que não vem o vento e a trovoada mãe?» Sorrio. Nunca gostei de trovoada, a força estrondosa da natureza assusta-me. Mas agora gosto, gosto mesmo, gosto de estar com os meus meninos enrolados numa cama virada para a janela e ver os relâmpagos, contar até aos trovões, senti-los encolherem-se em mim com um sorriso de nervoso e felicidade.
Por isso espero que além desta chuvada e dia cinzentos de hoje, ainda venha um valente vendaval, uma trovoada daquelas, para tê-los sossegadinhos, agarradinhos a mim, admirados com o que se passa lá fora, enquanto aqui neste abraço tudo é perfeito.
«E o vento mãe, por que não vem o vento e a trovoada mãe?» Sorrio. Nunca gostei de trovoada, a força estrondosa da natureza assusta-me. Mas agora gosto, gosto mesmo, gosto de estar com os meus meninos enrolados numa cama virada para a janela e ver os relâmpagos, contar até aos trovões, senti-los encolherem-se em mim com um sorriso de nervoso e felicidade.
Por isso espero que além desta chuvada e dia cinzentos de hoje, ainda venha um valente vendaval, uma trovoada daquelas, para tê-los sossegadinhos, agarradinhos a mim, admirados com o que se passa lá fora, enquanto aqui neste abraço tudo é perfeito.
Aproveite bem enquanto são pequeninos.
ResponderEliminarSabe? Sempre tive medo das trovoadas. Em pequena, sentava-me no chão, com a cabeça nos joelhos da minha avó, o xaile dela a tapar-me a cara, ouvindo-a rezar a Santa Bárbara. Quando os meus filhos nasceram, tinha que fazer um esforço enorme, para não mostrar o medo que sentia. Ainda tremo com ela. Enrolo-me numa manta,tapo os olhos e os ouvidos e lembro-me da santinha que a minha avó evocava.
Goze bem a infância dos seus meninos, querida. São tão nossos, nessa altura!
Beijinhos
Mary
Doces momentos com meninos doces. Que esta doçura atenue as agruras que às vezes acontecem no dia a dia e que esta doçura e estes momentos tão bons perdurem para sempre.
ResponderEliminarBeijinhos!
Haverá alguma coisa melhor que esse abraço, esse aconchego, essa cumplicidade, esse amor incondicional?
ResponderEliminarAbraço