Um desafio aos leitores!!

Já que umjeitomanso.blogspot.com me «anunciou» enquanto Contadora de Histórias, vamos lá pôr-me à prova! Quem se interessar, envie-me email (diazinhos@gmail.com) ou deixe comentário num dos textos, com uma palavra ou frase que me «inspire» para um próximo texto. A ver se pega e a ver se estou à altura..

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Bandeira verde

Vivíamos nos silêncios, agora somos só leveza.
Ainda não consigo perceber esta mágica: precisamos ir ao fundo, tocar os pés no chão e ganhar impulso para voltar a subir. E quando subimos vamos largando pesos e silêncios e dores e manias e medos e fantasmas, para chegar à tona nesta ligeireza bem feliz.
Foi um médico quem me ensinou a lição. Já se sabe - e aqui confessei - que não me demoro em palavras sobre mim, nem nas boas, nem nas más, nem nas assim-assim, mas essas encaixaram no puzzle absolutamente imperfeito que eu era há uma década.
Primeiro eu, depois ele. Entretanto alguns anos de profundos silêncios, alguns gritos sentidos, algumas histórias com princípio e meio, mas pouco fim.
Dia após dia tenho-o ouvido, maravilhada com a ligeireza com que agora se apresenta. Foram-se os silêncios e foi-se aquele peso todo que se nos entranhava na pele e nos sentidos: eramos (era?) só meio-vivos, emparedados em silêncios infinitos.
Tocámos com a ponta dos pés no fundo, primeiro eu, depois ele, e agora flutuamos à tona, sem saber onde estão as linhas, as fronteiras, os limites. Já aqui contei: o meu melhor sonho sou eu deitada no mar, sem saber onde começo e muito menos onde acabo, leve, leve, sem fim.

Pensava que vinha aqui contar histórias, mas afinal estou só a procurar o embalo. Por enquanto é o que temos: diário de bordo, sem data, sem nomes, sem jeito. De mim, para mim.

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