Ele para ela:
- Fazes parte da minha vida. Já não sei viver sem ti.
- Eu sei.
- Fazes-me falta, preciso tanto de ti.
- Bem sei.
- Não seria nunca capaz de voltar aos dias em que não te tinha por perto. O meu mundo já não o conheço sem ti.
- Sim, eu sei.
- Nos dias em que não te tenho na minha mão, deixo-me levar pelas saudades. Pesadas, densas, sem fim.
- Hum, hum.
- Tu não?
- Sabes bem que sim. Os dias sem ti não são dias. Nos dias sem ti não sou mais que um resto, uma sombra de mim.
- Adoro-te tanto.
O telefone dele toca.
- É a Teresa, tenho que ir. Desculpa, mas já sabes que ela fica logo desconfiada se não atendo.
- Sim, eu sei.
E ela baixou o olhar.
Triste mas verdadeira.
ResponderEliminarA esta hora, quantas mulheres estarão agora, a ouvir cantos de sereia, interrompidos por uma Teresa, que não é tão amada mas, mais respeitada?
Bela e profunda história,
Beijos
Maria
Sempre que decorrem no carro, reuniões da mais alta importância, ambos deviam reencaminhar as chamadas para um número desconhecido, assim, a Teresa nunca teria oportunidade de interromper...
ResponderEliminarOlá, Historinhas,
ResponderEliminarGostei desta história. Quase parece uma resposta ou uma ilustração do que escrevi no outro dia (http://umjeitomanso.blogspot.com/2011/11/o-dificil-mas-indispensavel-equilibrio.html).
Gostei de ler. Tem graça.
Coitados deles que foram interrompidos, coitada da Teresa que não sabe que as suas desconfianças são comentadas com outra mulher. Mas, enfim, o telefonema foi atendido e a Teresa pode ficar descansada.
Continue inspirada!
Um beijinho.
Por aqui a inspiração não falta, não! E sempre com histórias que nos suscitam um mundo verosímil, onde tudo do que se fala acontece ou pode acontecer.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Bj
Olinda