Um desafio aos leitores!!

Já que umjeitomanso.blogspot.com me «anunciou» enquanto Contadora de Histórias, vamos lá pôr-me à prova! Quem se interessar, envie-me email (diazinhos@gmail.com) ou deixe comentário num dos textos, com uma palavra ou frase que me «inspire» para um próximo texto. A ver se pega e a ver se estou à altura..

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carta de amor

Bati a porta do mundo e fugi da vida. Peguei-o, apertei-o bem contra o peito e corri. Corri, corri, corri até ao mais infinito de mim. Saltei montes e montanhas, voei sobre as mais largas planícies e os mais secos desertos. Os mares mais salgados e os rios mais profundos. Corri, corri sempre, apertando-o contra mim, em mim, doce, docemente para não o deixar cair.

Apareceram as tempestades, os mais fortes vendavais, chuva, granizo e até furacões, mas não me deixei abrandar. Corri, corri sempre, até ao fim do tempo, até ao fim do mundo. Não o deixei por um segundo, não o deixei sair do meu regaço, não o deixei sair de mim.

Então vi-te, longe, bem lá longe, no topo da montanha mais alta, do pico mais agreste, tolhido pelas tempestades.

Do fundo de mim encontrei o que ainda me restava e corri até ti. Veloz, veloz como o vento ou a àgua, ou o tempo, ou o mundo. Corri até ti. Suspirei por fim.

Desapertei-o do meu regaço, dos meus braços, do meu peito e coloquei-o bem devagarinho no teu colo. Com suaves cuidados e sem o mais ínfimo pudor.

E foi assim que to entreguei. Foi assim que te dei o meu Amor.

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