«Os amigos são os irmãos escolhidos». Pelo menos assim se lê no cinzeiro que o meu sogro tem na mesa gigante que em-meia os sofás lá do monte. Que privilégio este, termos irmãos que escolhemos a nosso bel-prazer.
Neste momento, hoje, agora, somos quatro, mas já fomos cinco e até seis.
Estranha coisa esta. Eu que sempre fui mais de amizades com o sexo oposto, desde que era coisa pequena e ainda mais na idade adulta e agora olho para estas raparigas que são já mulheres, mães, cheias de si e vejo que são a presença (escolhida) mais duradoura na minha vida.
Sempre que nos encontramos, seja todos os dias ou uma vez por ano, começamos nesta estranheza própria de quem não sabe se alguma coisa mudou. Chegamos cheias de gentilezas e tento na língua, se-faz-favores e cedências pouco naturais. Mas dêem-nos trinta bons minutos e tudo muda.
Soltam-se os risos, as palavras e até as inconsequências. Voltamos a ter dezoito anos e contamos o difícil que é crescer, ser mulher, ser mãe, encontrarmos o nosso lugar e ainda assim não nos perdermos.
Minhas queridas amigas a quem tanto quero bem, com quem aprendo e a quem ensino, não se percam do meu caminho, não se esqueçam de chegar a mim.
Não precisamos dos abraços que nunca demos, das mãos que nunca segurámos, nem dos colos para chorar. Nunca fomos assim e não precisamos ser.
Somos escolhidas, eleitas, uma a uma nesta irmandade feita de mundo e do mais puro cristal.
Minha querida M.,
ResponderEliminarNo Um Jeito Manso de hoje lanço um desafio público. Que tal ir lá espreitar?
Beijinhos
Desafio aceite... vamos lá pôr os dedos à obra.. :)
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